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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Homossexualidade na paisagem


Homossexualidade na paisagem

“Antigamente o homossexualismo era proibido no Brasil. Depois passou a ser tolerado. Hoje é aceito como coisa normal. Eu vou-me embora antes que passe a ser obrigatório.” Muita gente já deve ter ouvido ou lido essa frase preconceituosa atribuída a Arnaldo Jabor, não sei se é de fato, é bem possível que seja.  O caminho de se tornar uma coisa “normal” (como se um dia tivesse sido anormal) é natural socialmente e antropologicamente. Observando casais homossexuais recentemente, admirei a naturalidade com que agem e transitam hoje se contrapondo à vida marginal que historicamente tiveram pelo menos até poucos anos. Eu mesmo já tive meu estranhamento, não com a homossexualidade, mas com exposição que era rara publicamente, e hoje faz parte da paisagem como qualquer casal hetero sempre fez. Uma nova geração que já nasceu com um mundo um pouco menos preconceituoso em que podem expor sua sexualidade livremente (ou quase), mas os casais mais antigos também aproveitam essa liberdade mais evidente, nas regiões mais centrais da cidade onde a mistura de tribos, etnias, grupos sociais, tipos é muito maior também circulam mais a vontade. O fato é que a homossexualidade não é fato recente, como alguns ainda podem pensar, sempre existiu. Há registros mais ou menos evidentes em vários momentos da historia, em vários países e civilizações de existência de relacionamentos homossexuais. O que muda é a forma como a moral de cada época lida com ela. Na Grécia antiga as relações homossexuais além da própria conotação sexual também eram expressão de poder, os jovens em determinadas circunstâncias eram subjugados pelos mais velhos como demonstração de sua superioridade e experiência. Independente de questões físicas, psicológicas ou sociológicas, a diversidade sexual está aí e deve ser respeitada como qualquer outra diversidade. A intolerância ainda existente vai continuar porque é um mal que vai além das questões da homossexualidade, o intolerante salvo exceções também o é em questões religiosas, políticas e outras tantas. A homossexualidade faz parte da vida de diversas espécies animais e incluindo a humana, então porque entre nós causa essa estranheza? Puritanismo de fachada, preconceito... ? A procriação deixou de ser a razão principal para o exercício da sexualidade há tempos. Mente aberta minha gente!



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A ELEIÇÃO DOS COXINHAS


A ELEIÇÃO DOS COXINHAS

Estamos presenciando uma campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo um pouco diferente do que temos visto ultimamente, uma eleição sem mulheres, pelo menos com chances reais (desculpem Soninha, Ana Luiza e Anaí Caproni), uma eleição de altas rejeições, principal destaque ao sósia do Sr. Burns. Uma eleição em que o atual prefeito que já teve a imagem de pujante, um gerenciador, é agora um rejeitado dono de um partido meia boca. Mas o fato mais pitoresco a se notar é o perfil de três dos principais candidatos, independente de ideologia, os três coxinhas*, Russomano, Haddad e Chalita. Origens e características diferentes mas todos engomadinhos. Russomano um neo-Maluf, pseudo-jornalista e fascistóide, Chalita o símbolo do bom mocismo sonho de neto de todas as senhorinhas quatrocentonas e candidato “higiênico” da igreja católica arrisco dizer até um pouco afetado, e por último o descendente de árabes Fernando Haddad, cria da classe média uspiana, embora imbuído do ideário e com discurso de esquerda, é o que se chamava nos anos 70 de comunista de boutique, mesmo tentando parecer “descolado” e até um quê revolucionário, continua meio que um peixe fora d’água, apesar disso o menos superficial dos três. Um cenário no mínimo curioso! Enfim na hora do voto deixemos essas questões de lado vejamos a capacidade e quem é a “turma” de cada um!

*Gíria paulistana sem origem bem definida, mas em “tradução” livre seria "engomado", "arrumadinho" e "criado pela avó".