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Provavelmente uma das primeiras experiências de audioblog, além do texto aos poucos
todos terão ao seu final um link para o SoundCloud com o texto narrado! Curtam!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Liv & Ingmar


Liv & Ingmar

O cinema é feito justamente para nos encantar, seja pelo lúdico, pelo choque de valores, seja pela consciência, seja pelo humor ou singeleza. Acabei de assisti Liv & Ingmar... Simplesmente fascinado!  Não há outra palavra. Tanta complexidade de uma relação a dois retratada com tanta simplicidade e sentimento, dos olhares iniciais, pensamentos não revelados, a observação, a admiração, toques, palavras. Uma relação tão entranhada em si mesma e na grandeza humana dos dois, ao mesmo tempo fugaz, sentimento de amor, paixão, desejo, tudo isso misturado transcendendo a tudo que é palpável e compreensível nessa existência terrena, um amor misturado à amizade, uma amizade que nunca deixou de ser amor! Não há como descrever com palavras algo assim, uma sinergia, como duas pessoas podem se amar tanto de várias formas?
Foi possível ouvir choros e suspiros do público, risos emocionados, comoção, desejo de viver o que estava na tela...
Um simplesmente sabe quando o outro carece da sua presença, da sua companhia. Mesmo para aqueles que não se ligam na espiritualidade é uma ligação que ultrapassa a normalidade, se é que podemos determinar isso. Ligação sem explicação, carinho, troca, raiva, mágoas, sonhos, cumplicidade, amadurecimento.  Tudo pode ser uma grande ilusão, a razão, os sentimentos, as sensações, a plenitude, afinal a experiência de vida de cada um é única, e daí...  O filme traz em si uma determinação nas entrelinhas... Sejamos e façamos alguém feliz... afinal de que vale a vida sem essa busca?


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SERÁ QUE A VIDA É UM PLAY?


SERÁ QUE A VIDA É UM PLAY?

Ando meio estarrecido, pra onde caminhamos nas nossas relações afetivas? Existe uma analogia, mais ou menos de senso comum, que a vida é como uma escola, um aprendizado constante, seja pela ótica sociológica ou espiritual. O que vejo é que estamos indo à escola somente pra a hora do recreio, relações superficiais, somente namoro, somente o mar de rosas, fácil né? e onde fica o aprendizado? Não estou pregando qualquer namoro tenha que virar uma relação estável necessariamente, que devamos procurar problemas ou curtir sofrimentos, mas eles fazem parte da nossa evolução pessoal e da evolução das relações, relações sólidas, com cumplicidade no sentido mais puro e amplo que a palavra possa ter, relações de companheirismo de vida, de compartilhamento de experiências, carinhos, sexo até a idade que for possível.  Será que não estamos empobrecendo nossas relações em nome de uma dita modernidade. Claro que há o livre arbítrio para que se viva só, afinal as pessoas não são iguais, cada um tem seu foco e sua idealização de felicidade, mas o ser humano em sua natureza é gregário, é social, feito pra viver junto.
Tão estarrecedor pra mim também, é o habito que temos de criar compartimentos de tempo na vida pra isso ou aquilo, sem dúvida que devemos ter foco, mas excluir coisas importantes e reconfortantes e muitas vezes saudáveis, não acredito que seja a saída, as oportunidades aparecem e como um cavalo selvagem temos raramente mais de uma oportunidade de selá-lo, encantá-lo e montar. Surgiu uma grande oportunidade profissional, arrisque, surgiu uma pessoa especial, se jogue... Pode dar errado? Claro que pode... e é no imponderável que está a graça da vida, e sendo repetitivo, é aí que está nossa oportunidade de crescimento e evolução sem contar que será uma vida realmente vivida...


domingo, 2 de dezembro de 2012

DO QUE É FEITA A SAUDADE?


DO QUE É FEITA A SAUDADE?

Estive pensando, pensando demais até como é meu hábito, o que é a saudade... Não uma definição de dicionário, mas uma definição refletida dentro das relações, especificamente homem-mulher. Sentimos essa saudade de várias formas ou digamos sempre de um "item” de maneira mais forte. Muitos podem torcer o nariz, mas a saudade que eu mais sinto é a sexual, não que o sexo seja tudo e essa foi a grande reflexão, a saudade principal é da coisa mais essencial,  da convivência, do compartilhar, do dia a dia, das palavras de carinho, do carinho físico propriamente dito, do companheirismo e cumplicidade para curtir os momentos de felicidade e ser o porto seguro da companheira nos momentos tristes, ou ter esse porto seguro quando precisamos, vibrar com os sucessos do companheiro, brigar quando não se concorda sempre respeitando esse ser que entrou na nossa vida para nos ensinar. E onde entra o sexo nessa historia?  É a essência química disso tudo... o sexo é uma overdose de tudo o que vivemos com a pessoa através da convivência, são alguns minutos que concentram sensações de tudo o que se vive com a pessoa, não por acaso quando a convivência não é tão boa o sexo também não é tão bom e por vezes nem acontece mais, porque não há mais o que celebrar, não há convivência a condensar nesse momento! Saudade é complexa e ao mesmo tempo simples, é cerebral e orgânica, isso mesmo a saudade dói fisicamente. A saudade é necessária mesmo nos pequenos afastamentos, sinal que temos uma grande interação com nosso par, relação sem saudade não é saudável! 


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

NOVOS HOMENS


NOVOS HOMENS

O mundo vem mudando, ou melhor, sempre mudou, a velocidade agora é que é maior, e mais intensa em alguns setores. As relações humanas com certeza mudaram muito, pais e filhos, gerações... mas nada se compara à mudança das relações entre homens e mulheres. As mulheres desde o final dos anos 60 vem ganhando, ou melhor conquistando, liberdade, reconhecimento, e espaço, mais do que merecidamente. Se no universo do trabalho ainda sobra algum desrespeito em relação à remuneração desigual porque na competência já se mostram capazes há tempos; no universo pessoal, relação homens e mulheres já se igualaram a nós.  O prazer sexual, o direito de escolha. O avanço foi tão grande que atualmente já podemos ver uma inversão de papéis em alguns momentos, homens dependentes de mulheres em vários sentidos, financeiro, emocional e por aí vai...  Simples à primeira vista, mas os homens ainda não se encontraram nesse novo papel. Como reivindicar atenção, sentimentos sem colocar a masculinidade tradicional em cheque? Enfrentando muitas vezes uma dureza e falta de sensibilidade que em outros tempos foi característica masculina... Essa mudança de posicionamento entre homens e mulheres implica em outras, como o papel de pai, a posição de provedor para a qual fomos educados. Reservadas as proporções tendemos a repetir o comportamento e os temores de nossos pais e avós pensando em determinados momentos da vida, que já sabemos tudo e que as coisas pouco mudam a partir de um determinado ponto de maturidade; pura ilusão o mundo muda sempre o tempo todo e temos que nos adaptar ou mais que isso nos integrar a esse novo papel que foi se moldando, como diz a música, não podemos ser “os mesmos e viver como nossos pais” sejamos em vez disso outra música “prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela opinião formada sobre tudo” Enfim, homens... qualquer que seja a nossa idade em vez de acompanhar a mudança sejamos nós a mudança! As mulheres com certeza agradecem!


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Homossexualidade na paisagem


Homossexualidade na paisagem

“Antigamente o homossexualismo era proibido no Brasil. Depois passou a ser tolerado. Hoje é aceito como coisa normal. Eu vou-me embora antes que passe a ser obrigatório.” Muita gente já deve ter ouvido ou lido essa frase preconceituosa atribuída a Arnaldo Jabor, não sei se é de fato, é bem possível que seja.  O caminho de se tornar uma coisa “normal” (como se um dia tivesse sido anormal) é natural socialmente e antropologicamente. Observando casais homossexuais recentemente, admirei a naturalidade com que agem e transitam hoje se contrapondo à vida marginal que historicamente tiveram pelo menos até poucos anos. Eu mesmo já tive meu estranhamento, não com a homossexualidade, mas com exposição que era rara publicamente, e hoje faz parte da paisagem como qualquer casal hetero sempre fez. Uma nova geração que já nasceu com um mundo um pouco menos preconceituoso em que podem expor sua sexualidade livremente (ou quase), mas os casais mais antigos também aproveitam essa liberdade mais evidente, nas regiões mais centrais da cidade onde a mistura de tribos, etnias, grupos sociais, tipos é muito maior também circulam mais a vontade. O fato é que a homossexualidade não é fato recente, como alguns ainda podem pensar, sempre existiu. Há registros mais ou menos evidentes em vários momentos da historia, em vários países e civilizações de existência de relacionamentos homossexuais. O que muda é a forma como a moral de cada época lida com ela. Na Grécia antiga as relações homossexuais além da própria conotação sexual também eram expressão de poder, os jovens em determinadas circunstâncias eram subjugados pelos mais velhos como demonstração de sua superioridade e experiência. Independente de questões físicas, psicológicas ou sociológicas, a diversidade sexual está aí e deve ser respeitada como qualquer outra diversidade. A intolerância ainda existente vai continuar porque é um mal que vai além das questões da homossexualidade, o intolerante salvo exceções também o é em questões religiosas, políticas e outras tantas. A homossexualidade faz parte da vida de diversas espécies animais e incluindo a humana, então porque entre nós causa essa estranheza? Puritanismo de fachada, preconceito... ? A procriação deixou de ser a razão principal para o exercício da sexualidade há tempos. Mente aberta minha gente!



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A ELEIÇÃO DOS COXINHAS


A ELEIÇÃO DOS COXINHAS

Estamos presenciando uma campanha eleitoral para a prefeitura de São Paulo um pouco diferente do que temos visto ultimamente, uma eleição sem mulheres, pelo menos com chances reais (desculpem Soninha, Ana Luiza e Anaí Caproni), uma eleição de altas rejeições, principal destaque ao sósia do Sr. Burns. Uma eleição em que o atual prefeito que já teve a imagem de pujante, um gerenciador, é agora um rejeitado dono de um partido meia boca. Mas o fato mais pitoresco a se notar é o perfil de três dos principais candidatos, independente de ideologia, os três coxinhas*, Russomano, Haddad e Chalita. Origens e características diferentes mas todos engomadinhos. Russomano um neo-Maluf, pseudo-jornalista e fascistóide, Chalita o símbolo do bom mocismo sonho de neto de todas as senhorinhas quatrocentonas e candidato “higiênico” da igreja católica arrisco dizer até um pouco afetado, e por último o descendente de árabes Fernando Haddad, cria da classe média uspiana, embora imbuído do ideário e com discurso de esquerda, é o que se chamava nos anos 70 de comunista de boutique, mesmo tentando parecer “descolado” e até um quê revolucionário, continua meio que um peixe fora d’água, apesar disso o menos superficial dos três. Um cenário no mínimo curioso! Enfim na hora do voto deixemos essas questões de lado vejamos a capacidade e quem é a “turma” de cada um!

*Gíria paulistana sem origem bem definida, mas em “tradução” livre seria "engomado", "arrumadinho" e "criado pela avó".


quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sensualidade pela idade


Sensualidade pela idade

Nas minhas observações da fauna urbana fiquei pensando o que faz uma mulher sensual. Será o olhar, o jeito, o vestir, a conversa, a ousadia, a timidez? Alguma combinação disso tudo? Ou o olhar masculino que as observa? Acredito sinceramente que há diversos tipos de sensualidade, melhor dizendo, cada idade tem sua sensualidade. Não idade cronológica e sim psicológica, ou espiritual. Algumas mulheres adultas com sensualidade quase pueril, outras maduras com a sensualidade consoante com sua idade, amadurecida com toda a objetividade e sutileza que o tempo proporcionou outras balzaquianas com a suavidade dos 20 e poucos anos, outras nos seus tenros 18 anos transpiram uma sensualidade sutil, encoberta quase formal, e não menos interessante ou atraente. O olhar masculino tipifica a mulher sensual, cada homem o faz segundo seus valores, preferências e até seus medos, aí entramos na seara da insegurança masculina, o mito da mulher inteligente, para muitos a mulher inteligente e intelectualizada é muito sensual, desafiadora; para outros tira a sensualidade, pois a associam a uma pedra bruta, rudimentar, ou simplesmente por se julgarem incapazes até de elaborar aproximação com elas.  Sensualidade é corpo e cabeça, mas em que proporção?  Se a intelectualidade faz parte da sensualidade porque algumas intelectualizadas não transmitem nada? Se a forma do corpo é o habitáculo da sensualidade porque algumas com corpo completamente fora do padrão tem um verdadeiro séquito aos seus pés? Continuamos sem respostas, e mesmo de as tivéssemos amanhã já poderiam não ser mais verdadeiras... 


quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Reflexão egoísta


Reflexão egoísta

Há momentos críticos nas nossas vidas que não compreendemos! Por vezes olhamos somente para nós mesmos, literalmente para o nosso umbigo. Perdemos noção do nosso espaço e dos outros, ou por vezes percebemos que nunca nos demos conta do espaço do outro de fato.  Façamos aqui um mea culpa. Já tivemos a felicidade nas mãos, pensado que dividíamos bem as coisas, que éramos justos. Ilusão...  olhar enviesado do mundo. Realmente egocêntrico. O tempo poderia ter sido melhor, mais bem aproveitado, atenção adequada, mas uma certa cegueira toma conta da gente. No dia a dia o excesso de informação a nos invade os sentidos, a mídia a invadir a nossa mente querendo nos doutrinar, pessoas que mal conhecemos nos dando fórmulas prontas pra conduzir nossa vida, intromissões, e enfim recrudescemos! Reação de defesa em igual proporção ou até exagerada, sem medida espirra em todos a nossa volta! Na ânsia de nos protegermos criamos mecanismos, barreiras que passam a ser referências desse nosso pequeno universo pra tudo; e lá se vai a qualidade dos nossos relacionamentos, da nossa comunicação com as pessoas, simplificadamente jogamos a felicidade pela janela! Fechados em nosso mundinho, nosso espaço, esquecemos ou perdermos a referência do espaço alheio! Procuremos humildade, autocrítica, desapego e outros que tais!



quinta-feira, 16 de agosto de 2012

História de amor digital...


História de amor digital...

Tempos modernos, sentimentos antigos, relíquias tecnológicas! No tempo dos meus avós, dos meus pais, se guardava a história de um amor em cartas com papel amarelado pelo tempo, um amarradinho com várias delas, cartas com a tinta começando a borrar; no meio delas algumas poesias muito inspiradas, originais ou copiadas de algum poeta. No meio de algum caderno ou livro antigo pétalas de rosas desidratadas pelas páginas, recebidas no aniversário ou algum dia dos namorados, discos de vinil com alguns riscos e a capa restaurada a Durex. Algumas fotos tão amarelas quanto comoventes, registro de felicidade. Agora no século 21, em lugar das cartas guardamos e-mails e histórico de comunicadores instantâneos, pelo menos aqueles que não deletamos intempestivamente em algum momento de irritação, no lugar dos discos de vinil anexos mp3, no lugar das fotos impressas, fotos digitais em jpg, no lugar da pétala guardada, um gif animado de um ramalhete de rosas, e ainda uma vantagem guardamos os bate-papos do dia a dia, o bom dia carinhoso, o elogio ou declaração de amor no meio do dia, o boa noite tranquilizador e aconchegante, as piadinhas e chamegos. Quase ia me esquecendo do celular, embora mais efêmeros os SMS’s tiram sorrisos nos momentos mais inesperados, um beijo teleguiado, um convite romântico, ou apimentado.  Como tudo na vida as relações mudam, as pessoas mudam, novas gerações chegam, os recursos mudam, a tecnologia estabelece novos padrões, mas o amor continua sempre... adormecido por momentos, mas vivo, latejante!




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Dia Especial


Dia Especial

Não escolhemos nosso passado, nós o fazemos! Na mais tenra idade, já temos nossas escolhas, ou definimos em outra existência o que queremos e precisamos para amadurecer nosso espírito nessa existência, sermos pessoas melhores e mais elevadas. Sentimos falta do que pouco tivemos, de pessoas que pouco convivemos. Pessoas que foram marcas, referências na nossa vida, essa vida que teria sido muito diferente se a convivência chegasse até a fase adulta, ficar sem pai ou mãe em qualquer idade é doloroso, acredito que sempre perdemos primeiro aquele com quem temos mais afinidade, porque pela lógica espiritual e cósmica precisamos justamente conviver mais com o que temos menos afinidade, pra aprender, pra resgatar coisas mal resolvidas. O que se foi provavelmente é um anjo que veio dar a direção de nossa vida e voltou para o plano astral, esse está sempre olhando por nós, já temos nossa vida eterna resolvida com ele. E outro ponto nos cala mais fundo, geralmente o de sexo oposto nos faz mais falta, ou pelo menos pensamos assim!

Quem não gostaria, sendo menina, de ter vivido as brincadeiras com jeito moleque na infância, com aquela barba arranhando o rosto? Mesmo com jeito menino e em tom de brincadeira ouvir aquela voz grave gargalhando ou até repreendendo...  Mãos grandes desajeitadas e talvez grosseiras fazendo carinhos... afagando nos momentos de tristeza, transmitindo segurança... Saber que aqueles pés grandes andam suavemente na madrugada pra te cuidar e velar o sono.  Um peito viril com um coração mole que se emociona com um simples sorriso seu.

Um grande amigo na fase adulta? Quem sabe... Orgulhoso do que você se tornou, agora que já tem seu próprio caminho, e ao mesmo tempo renascendo filha todos os dias, relação de amor e confiança. Compartilhar uma refeição jogando conversa fora, falando da vida e num Dia dos Pais qualquer sentir a voz dele embargada olhando emocionado para o seu rosto e você poder agradecer pela vida recebida! Quem sabe um dia dar um neto... E ele o herói da sua infância, ser novamente, agora herói do seu filho!

Se o seu pai não está aqui com certeza está perto, mesmo as boas lembranças do pouco que foi e a saudade, tem grande valor, importante é guardar esse carinho e amor enormes com alegria, sabendo que ele cumpriu a missão dele!


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Pieniądze


Pieniądze

Dinheiro, money, dinero, argent, denaro, geld... não importa o nome nem o lugar... A utilidade e a simbologia em torno desse objeto são sempre muito similares. Poderoso, interfere nas nossas mentes, nos torna dependentes ou independentes, seguros ou inseguros. Interfere nas relações humanas, sejam quais forem... E por que?  Porque dinheiro é poder! Poder das pessoas e sobre as pessoas, sobre as coisas... Cruel? Não!! Realista! Literalmente quem paga manda! Com ele no bolso somos o máximo, podemos tudo... Comprar, consumir, ordenar, nos divertir; exercer de fato o IR e VIR. Sem ele, não temos força, somos frágeis, algo sempre terrível está prestes a acontecer, nosso circulo de amizades diminui, não compramos, não consumimos, e numa sociedade capitalista muitos acham que nem somos nada, o ser está condicionado ao ter... Nas nações, a autoestima de um povo, mesmo que de maneira mais abstrata, também reflete a pujança econômica do país, e em situações cotidianas entre pessoas de nações diferentes, nota-se mesmo que veladamente um grau de arrogância do mais “rico” sobre o mais “pobre”. Que objeto é esse que faz até o Sol parecer mais brilhante, as ruas mais largas, a nossa imagem no espelho mais bonita? Pensando menos ideologicamente e mais sociologicamente, como seria nossa relação com o dinheiro num mundo comunista? Realmente teríamos o seu uso mais direcionado ao bem coletivo que ao individual?

Nota: O título desse texto, que é dinheiro em polonês (lê-se peniandza), foi escolhido devido a um fato curioso, a Polônia (um dos mais simbólicos da ex Cortina de Ferro) é o único país europeu que está passando incólume pela atual crise europeia, talvez por estar conseguindo tirar o melhor do socialismo e do capitalismo.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A dissocialização...


A dissocialização...

Hoje no Metrô fiquei a pensar com meus botões, o carro sem dúvida é um conforto, para muitos uma conquista, um símbolo de progresso social e da individualidade. O transporte público por sua vez nos propicia conhecer maior número de pessoas, perceber a diversidade e observar o comportamento humano, um verdadeiro estudo psico-socio-antropológico. É uma verdadeira miscigenação social, se é que isso existe. Se vê literalmente de tudo, todo tipo de pessoas, todos juntos; se não interagindo pelo menos se olhando, se ouvindo, reconhecendo outros universos, outros códigos. É uma forma de os diferentes se aproximarem, e por vezes interagirem, num modelo de sociedade cada vez mais pelo indivíduo e menos pelo coletivo.

Sinto falta da minha infância e adolescência, não só pelas lembranças mas também de um momento quando a escola pública tinha esse papel, socializar, integrar os diferentes... Hoje observo que cada estrato social estuda em um tipo de escola, cada um com seus iguais, se criam crianças alheias às diferenças sociais, étnicas, econômicas e culturais, o resultado: adolescentes e adultos intolerantes, cada vez mais, sentindo o diferente como uma ameaça. O transporte público de certa forma ainda faz e resgata essa socialização, não integralmente, mas o faz. 

Creio que 30 ou 40 anos atrás com menos acesso a escolas privadas (ou escolas públicas mais eficientes na sua função) e menos transporte individual, a sociedade era mais tolerante, era possível os diferentes se reconhecerem e conviverem desde criança e cotidianamente. 

A escola em que estudei, vivi e convivi era uma sociedade em miniatura, onde convivíamos meninos, meninas, brancos, negros, orientais, pobres, ricos. Em salas em que estudei tive colegas filhos de favelados e filhos de diplomatas, uma amostra da sociedade literalmente, muito mais do que só um local de transmissão de conhecimento. Precisamos, governos e sociedade, repensar essa segregação velada que poucos estão se dando conta.


domingo, 29 de julho de 2012

E a vida o que é?! Diga lá meu irmão...


E a vida o que é?! Diga lá meu irmão...

Sabemos que a vida é efêmera, instável e frágil por sua própria natureza, basta observar. Ao mesmo tempo é renitente surge nos lugares mais improváveis e inóspitos. Numa fenda do asfalto surge um pequeno ramo, que em sua perseverança poderá ser um arbusto, esse mesmo ramo com uma simples e inadvertida pisada pode deixar de existir. Assim também a vida humana, hoje jovens, evoluindo, futuro a realizar e desbravar, num infortúnio defrontar-se com uma arma em sua frente e um despreparado a empunhá-la. Acabou-se uma vida, foram-se planos...

Frágil... frágil diante da arrogância, diante do despreparo, diante da negligência e truculência.  Hoje caminhando junto à família de Ricardo Aquino, com amigos em comum, com demais amigos, familiares, famílias de outras vítimas anônimas ou quase anônimas, conhecidos e centenas de desconhecidos; solidários, inconformados, indignados, e uma coisa, um sentimento em comum nos unia além da compaixão, o da fragilidade da vida diante de quem deveria protegê-la. 

Isso traz a reflexão das banalidades que deixamos que ocupem nosso precioso tempo, das picuinhas, dos pequenos problemas que giram em torno do nosso umbigo, aproveitemos a presença de quem amamos, sejamos e façamos alguém feliz, sejamos práticos, solidários e amantes, não somente no sentido sexual, mas no sentido mais amplo possível da palavra, amar nossas mulheres, irmãos, namoradas, mães, filhos, amigos, amar a vida... e acima de tudo amar a nós mesmos, pois só conseguimos dar o que temos.  Um brinde à vida!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

A vida continua


A vida continua

O tempo é o senhor do destino... Poucos ditos populares são tão certeiros!  Cura mágoas, assenta animosidades, traz o esquecimento, e por vezes traz razão, traz clareza, elucida!  O calor de determinados momentos da vida nos cega, chegamos a ser donos da verdade, o distanciamento que o tempo proporciona tira a venda dos nossos olhos, realmente precisamos do tempo. Conseguimos ver pequenos e grandes erros, alguns podem ser reparados, outros já se perderam no tempo, suas consequências já causaram seus prejuízos, não há volta somente arrependimento.  Lamentamos... é o natural do primeiro momento! Porém o sol continua a nascer todos os dias, e a vida continua... Já que o tempo não volta, aproveitar a experiência é o que vale; já dizia minha avó, cometa novos erros porque cometer os mesmos é burrice.  Muitos e geralmente os mais graves erros nos provocam perdas de coisas e pessoas importantes que passaram pela nossa vida. Apelando pra filosofia de boteco, aquilo que é seu um dia volta pra você, se não voltar é porque nunca foi seu! So go ahead!!


sábado, 21 de julho de 2012

A cidade grande e suas facetas...


A cidade grande e suas facetas...

Sou paulistano, e moro em São Paulo, simplesmente adoro essa cidade, morei poucos anos fora daqui, senti muita falta. A imponência, o arrojo, a inovação, a dinâmica, as dimensões... a cidade que não dorme, toda essa gente indo sempre a algum lugar seja noite ou dia, essa fauna urbana que me fascina, tudo é variedade e abundância, tudo é normal. Mas nem tudo na verdade é normal, como tudo a vida minha querida cidade tem sua faceta cruel, mesmo sabendo da existência das mazelas, dar de frente com elas é outra coisa. Indo a uma reunião de trabalho cortei caminho pela “boca do lixo” me deparei com viciados de crack, largados pela calçada, literalmente sub seres humanos, disputando um colchão urinado e apodrecido pra se sentar... mulheres jovens com aparência envelhecida seminuas e muito longe de qualquer sinal de vaidade, homens como verdadeiros trapos humanos. Alguns dividiam as pedras, outros disputavam seu quinhão de morte em formato de pedra a ser fumada. Submundo, vida completamente marginal, a menos de 2 quilômetros do icônico teatro municipal, a 500 metros de alguns restaurantes tradicionais de classe média.  Literalmente ignorados por todos, sociedade e poder público, pessoas passando pra lá e pra cá ignorando esses seres solenemente como se fossem parte da paisagem e não gente.  




terça-feira, 17 de julho de 2012

Feridas...


Feridas...

Emoções fortes, marcantes quando passam pela nossa vida deixam feridas que demoram a fechar, depois de cicatrizadas tranquilizamos, nos sentimos seguros. Cicatrizes superficiais sensíveis podem reabrir a um mero toque e nem nos damos conta, uma mera música pode ser um punhal a romper essa cicatriz; uma lembrança ou uma foto podem provocar dor tal qual uma pressão num hematoma que não vemos por estar escondido sob a roupa, mas ele está lá. Feridas ou hematomas precisam de tempo pra se curar, não há como acelerar, o tempo que leva é o tempo necessário. Lembranças, músicas, fotos... sempre vamos pensar, ouvir em algum lugar, rever... A questão é o que fazer!? Abafar o sentimento, apertar o coração, passar a borracha; ou deixar guardadinho pra um dia recuperar o que foi perdido, deixado pelo caminho? Temos todo esse poder mesmo ou nosso subconsciente faz tudo e achamos que decidimos alguma coisa?  Complexo e quase óbvio... O certo é que há algumas coisas, pessoas, momentos, fatos que são parte da nossa história, mas há outras que além de história são parte de nós sempre, da nossa mente da nossa carne, podem se desligar de nós fisicamente, mas metafisicamente nunca, estão sempre em nós e em algum momento da vida voltam porque no fundo nunca saíram.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Roda Viva


Roda Viva

“A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá”.  O equilíbrio é uma coisa delicada, acabamos sempre pendendo pra uma coisa ou outra, o clássico no meu caso e de muitos que conheço é razão versus emoção. Sempre fui mais racional, cerebral, movido pela lógica, nunca dei muito espaço para o emocional e muito menos para a passionalidade exacerbada e os poucos momentos que a emoção se apossou do meu consciente me senti fraco, sem poder sobre mim mesmo; talvez por momentos de grandes perdas que exaurem a nossa capacidade de comoção. Desequilíbrio, palavra forte, que pode simplesmente ser um desajuste, e também pode ser um desarranjo letal para nossa vida ou parte importante dela.

Hoje ouvi que todos dentro do seu equilíbrio próprio, tem seu predomínio emocional ou racional, quando abandonamos esse equilibro próprio, seja por descuido, seja pra nos aproximar ou ajudar um amigo ou pra reagir a alguma coisa ou situação adversa, o primeiro sintoma desse desequilíbrio de energia é a perda financeira. Isso explica muita coisa não é mesmo? Principalmente o que geralmente está sob os nossos olhos e não vemos, se vemos não entendemos daí é encrenca na certa. Portanto olho vivo e faro fino para as interferências e centremo-nos pra não perder o equilíbrio!!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Complicados e perfeitinhos!


Complicados e perfeitinhos!

Nós homens costumamos atribuir às mulheres a complexidade de comportamento nos relacionamentos. Mas não somos tão simples como gostamos de parecer, na verdade não há uma preferência masculina padrão, somos muito diferentes dentro dessa aparente padronização do macho, e nem temos um estereótipo masculino para esse ou aquele determinado tipo de mulher, os durões, intelectuais, os descolados, os sensíveis, todos podem querer uma mulher sensível, passional, prática ou até fútil (há quem goste, e não são poucos...).  A química de uma relação não tem uma lógica, ou melhor, até tem, mas envolve tantas variáveis que a análise excessiva acaba tirando o encanto e a magia da coisa.  O fato é que o melhor de toda a história é a diferença, e todo o jogo que fazemos. É conquistar, seduzir, cada um com seus recursos, talentos e fraquezas... e o melhor uso que fazemos disso tudo, mesmo quando ambos os lados já sabem aonde o outro quer chegar... Mulheres, continuem sendo essas figuras mágicas e encantadoras que nos enfeitiçam, nos irritam, nos atraem e literalmente viram nossa cabeça!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Lá se vão os anéis, um dia todos irão...


Lá se vão os anéis, um dia todos irão...

Lá se vão os anéis... ficam os dedos. Expressão usada figurativamente, e na grande maioria das vezes em tom de deboche, quando bate à nossa porta é quase inacreditável. Simplesmente não acreditamos, não queremos e não admitimos cair de padrão de vida, quanto mais chegar ao fundo do poço, é um símbolo da nossa incapacidade, incompetência ou algum erro grosseiro. Será mesmo? Onde está escrito que todo mundo vai ter sucesso? Ou ainda mais... Que os bem sucedidos nunca caíram ou tiveram seus momentos de “fundo do poço”? Embora soe como balela, o que precisamos mesmo é de desapego, de valores equivocados, de excessiva valorização do ter. Não estou pregando que viremos todos franciscanos, e sim que o ter esteja subordinado ao ser e não o contrário. O fundo do poço, e outros tantos reveses servem e devem ser encarados como aprendizado, sempre... Fácil?? Não, com certeza... é com certeza o pior aprendizado, mas o mais eficiente, o que se aprende pela dor não se esquece! Portanto passado o choque, o colapso, a crise... aprendamos!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Midlife crisis


Midlife crisis

“O SENHOR pode me dar licença?”, “E aí TIO, beleza?” expressões meio assustadoras para quem como eu já passou dos 40 e já está à beira dos 50 quando ouvimos pela primeira vez... Mas são a constatação falada e ouvida de que o tempo passou, assim como já devemos ter feito com outros quarentões quando éramos jovens. Mas como passou? Até outro dia estávamos numa sala de aula na faculdade no auge dos nossos 20 anos, cheios de planos, cheios de vida, cheios de inocência, hormônios fervendo. Mas lá se vão 20, 30 anos, e agora muitos de nossos filhos estão nesse papel...  Mas que meia idade é essa de inicio de século 21...? com certeza diferente da de nossos pais. Nossos planos profissionais vão muito mais longe tanto em tempo de atividade como a vontade de ser produtivo, assim como a expectativa de vida;  muitos ainda planejam ter mais filhos, um vigor e atividade sexual impensáveis para um homem de meia idade dos anos 60. Que meia idade é essa? Longe de ser um símbolo de decadência, de descer a ladeira da vida é um renascimento, para a maioria um lado fênix desconhecido que aflora, novas expectativas, novos valores e em muitos casos como o meu, novos amores, um, dois... quantos vierem e que sejam livres, leves, verdadeiros, sem papas na língua, intensos e eternos enquanto durem!!

domingo, 1 de julho de 2012

CICLOS


CICLOS

A vida passa e por vezes nos esquecemos de que tudo na vida é cíclico inclusive ela própria. Ultimamente se propaga aos quatro ventos que a mudança é importante, é necessária, estimula o desenvolvimento, a criatividade etc, etc, e quase ninguém se lembra de que existem ciclos, muitas vezes resultantes justamente dessas mudanças, afinal depois de tantas mudanças chegamos a um momento que estamos reiniciando alguma coisa, intelectual, emocional, profissionalmente ou tudo ao mesmo tempo. Então estimulemos e façamos as mudanças, afinal pedra que não rola cria limo, e mais que isso, estejamos preparados para os novos ciclos da vida. Eles inevitavelmente vem, estejamos preparados ou não, por vezes suaves nos elevando, nos levando a alçar voos maiores, mais altos, progredir, crescer; e por vezes são tsunamis que arrasam tudo, destroem convicções, relações, desestruturam a vida financeira e profissional, matam uma vida afetiva saudável. Sejamos, pois nesses momentos os japoneses do nosso mundo interior, que resignação, perseverança, determinação, tenacidade, objetividade sejam as palavras de ordem.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Amor ou zona de conforto?


Amor ou zona de conforto?

Quando chegamos à meia idade em uma relação afetiva estável, acreditamos que tudo está definido e determinado para o resto da vida, até que vem ela, a separação!  Mesmo hoje desmistificada socialmente, emocionalmente é arrasadora como sempre foi. Mesmo uma relação morna ou insossa traz muito sofrimento ao seu final. Perdemos o chão, nada mais é certo. O que será do futuro, a postura da família, a presença dos amigos... Na verdade nada é definitivo na vida. Passada a tormenta, com o coração pacificado; conhecemos uma nova pessoa, interessante, linda atraente, nos apaixonamos novamente, que maravilha! E eis que vem o segundo equívoco, o de que a idade vai nos resguardar. A paixão é avassaladora em qualquer idade, ficamos tão tomados quanto uma paixão aos 18, lidamos melhor com as emoções é fato, o que não quer dizer que tenhamos o controle. Passado o encanto inicial da paixão a relação se ajusta como qualquer outra, inclusive a que vivemos antes de casar e já não lembramos. Aí a idade faz diferença, estamos mais exigentes e críticos com a parceira ou parceiro e conosco também, sobre as nossas expectativas momentâneas e pelo resto de nossas vidas, se é que dá pra planejar.
Disso resulta a primeira, a segunda, terceira crise... até o rompimento, afinal pra dar certo agora precisamos de muito mais afinidades que nos relacionamentos adolescentes. A expectativa de como levar a relação, o tempo disponível, erros de outras relações que queremos evitar, filhos etc... Daí vem um novo equivoco, o terceiro, de que a maturidade nos ajudará a superar esse novo rompimento, afinal estamos escolados com o final de um casamento, ledo engano... O sofrimento é marcante, dolorido, lancinante tal qual aos da juventude, apenas dramatizamos menos porque temos responsabilidades e não nos damos o direito, e nem precisamos na verdade, externar com tanta veemência, mas a dor está lá... e tem seu luto a ser vivido. E assim sucessivamente até que uma nova paixão se apresente, e que venham as paixões, porque só se apaixona por alguém quem já é apaixonado por si mesmo!

sábado, 2 de junho de 2012

Amigos...


Amigos...

Já dizia Raimundo Fagner, “amigos a gente encontra, o mundo não é só aqui...” amigos vem, amigos infelizmente vão, amigos passam, amigos felizmente também voltam. Amigos deveriam ser eternos, tal a importância que tem em nossas vidas ou pelo menos parte delas. Mas são pessoas, pessoas que pensam, que mudam, evoluem, também involuem em alguns casos. Amigos... impossível esquecer-se deles, músicas sobre eles brotam em todos os gêneros, de bom ou de mau gosto não importa. Existem amigos com a incrível vocação de afastar a todos, seu inconsciente prefere a solidão, cultivam a amizade, mas criam situações que afastam o objeto dessa amizade preciosa, dia após dia, durante a vida toda. Amigos são os irmãos que escolhemos, e como irmãos por vezes brigam, se corrigem, se censuram, porque se amam, mesmo extrapolando é amor.  Um fato porém, está acima das amizades e que rege todas as relações humanas, a mudança; mudamos nós, mudam eles; mudam os tempos, tudo muda, e nem sempre a amizade resiste.  Então viva os amigos, que nos iluminam, ajudam, nos fazem rir, participam da nossa caminhada terrena, são pequenos anjos, que estão no lugar certo na hora certa, e por quanto tempo forem necessários à nossa evolução... depois, vão cuidar de outros e ser cuidados, ou não! Alguns se prendem a nós como raízes à terra... Esses são os especiais, para os quais nem precisamos falar, nos entendem e nos conhecem pelo olhar. 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Na boiada não querermos ser boi...


Na boiada não querermos ser boi...

Vivemos querendo ser diferentes, originais, sair da rotina, marcar nosso espaço com nossa originalidade, nossa “diferença”, curiosamente o oposto do que fazemos na adolescência quando queremos ser igual ao nosso grupo. Mesmo adultos no dia a dia porém, somos iguais à maioria tentando ser diferentes, repetitivamente originais, nossa “rotina é o que fazemos todos os dias tentando sair da rotina”, já dizia Millor. Ser realmente original é pra poucos, arisco dizer que sai da normalidade, na maioria das vezes repetimos comportamentos, herdados ou observados. A tão cultuada vida moderna nos padroniza querendo ou não, a globalização também é de comportamentos. Levi Strauss morreu temendo isso, um peruano com hábitos holandeses, um espanhol com valores de vida orientais, uma pasteurização de culturas, mas não seria essa a verdadeira originalidade? Um japonês com calor latino?  Ou a latinidad com sutileza francesa? Acredito que nem as ciências humanas possam nos dar o caminho da originalidade, portanto melhor não perder tempo procurando ser original, o melhor mesmo é ser autêntico!

terça-feira, 15 de maio de 2012

O SABER E O QUERER


O SABER E O QUERER

Passamos a vida atrás de algumas coisas, felicidade, amor, atenção, realização e na maioria das vezes quando alcançamos já queremos outra coisa. É assim a roda da vida! Muitos dirão que é justamente essa insatisfação que nos motiva e que dá razão à vida. Será que essa eterna insatisfação não vem de um sentimento mais profundo, ou na verdade a falta dele, saber exatamente o que queremos. Sabemos o que queremos? Os homens desejam as louras e se casam com as morenas, se atraem pelas liberais e casam com as certinhas, ou adoram as comportadas e se unem a uma porra-louca. As mulheres querem ter família e tocam a vida profissional até o limiar da maturidade. Afinal o que queremos? O que nos move e satisfaz vem do íntimo ou do momento que vivemos? Sonhamos com um trabalho que nos de dinheiro e chegamos à maturidade vendo que passamos anos sendo infelizes no trabalho, mesmo conseguindo ser competentes. E a felicidade, que bicho é esse? Já ouvi por aí que a tal não existe, apenas momentos felizes, ou mesmo a letra do Paulo Milklos, “não existe o amor, apenas provas de amor”. Acredito que grande busca é realmente saber quem e o que somos!!

domingo, 13 de maio de 2012

Memória seletiva é isso que eu quero...


Memória seletiva é isso que eu quero...

Há pouco tempo li um livro que falava sobre a necessidade que nosso cérebro tem de esquecer, isso ocorre por duas razões basicamente; a priorização de fatos relevantes à nossa vida e à ótica que temos dela, e a suavização das emoções mais fortes principalmente as causadoras de dor. Pensando no nosso dia a dia, como sobreviveríamos à dor diária com a mesma intensidade do dia que sofremos uma desilusão amorosa, daquele amor definitivo? Da morte de mãe, ou de um filho?  Por mais lugar comum que seja, a natureza realmente tem sua sabedoria. Precisamos esquecer, esquecer pra poder lembrar, lembrar do que nos fez feliz, lembrar do que nos realizou, lembrar dos amores que mesmo não sendo eternos que nos deram tanto prazer e como disse o querido Vinicius foram eternos enquanto duraram, lembrar de pessoas especiais que passaram por nossa vida, lembrar que a vida material mais do que finita é curta, e ocupar nossa preciosa memória e lembranças com pensamentos ruins ou mesquinhos além de perda de tempo ocupa o espaço de pensamentos felizes e construtivos! 

terça-feira, 8 de maio de 2012

A nossa cronologia de cada dia...


A nossa cronologia de cada dia...

Engraçado, aos 20 anos ouvimos coisas sobre a idade, experiência e o passar dos anos e nos achamos quase que imortais, afinal os 30, os 40, os 60 estão tão distantes, quase uma miragem. Aos 30 com toda energia, e totalmente libertos das ordens parentais, somos o máximo, geralmente resolvidos financeira, emocional e sexualmente, ou pelo menos acreditamos nisso. Aos 40 já olhamos pelo retrovisor... afinal o que já fizemos, concretizamos, e o pior (ou melhor), o que desfizemos? Há o que refazer, ou melhor recomeçar? Amores desfeitos, filhos crescendo... muita vida pela frente, a hora da virada, novos projetos...  O que quero na segunda metade da vida além de saúde. Sim, a saúde!! O corpo já não tolera as peripécias dos 20, nem os abusos dos 30.

Aos 50, somos essencialmente práticos, não temos tempo para discussões sem fundamento, não temos tempo a perder com mágoas ou birras. Objetividade! Quero ou não quero, vou ou não vou, transo ou não transo. O tempo da sedução e conquista é quase telegráfico, e com sensibilidade aguçada, queremos intimidade, emocional, intelectual e sexo de qualidade. Aos 60 já não sei... acredito que a imagem do retrovisor seja muito profunda pra se ver tudo, no meu tempo e no tempo cronológico, mas uma nova ótica deve me aguardar com seu valor, projetos e planos, afinal sonhar é estar vivo.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Virada Cultural que vi... (2012)


A Virada Cultural que vi... (2012)

Foi bom ver revolucionários e rebeldes já com rosto marcado pelo tempo, cabelos grisalhos e ainda com a mesma atitude da juventude no show d’ As Mercenárias, homens e mulheres de cabelos longos, alguns acompanhados dos filhos e outros de filhos e netos. Até a banda, mesmo com o som “sujo” do rock rústico, estava mais melodiosa, ou talvez meus ouvidos também depois de algumas décadas estejam mais condescendentes. Surpreendentemente pouco baseado rolando, e um clima tranquilo mesmo sendo uma banda punk no palco, curioso ver letras decoradas pelos mais jovens com referências a pessoas que não conheceram e coisas que não viveram, mas que provocam um reboliço nas entranhas tal em seus pais.
Só um chapado caído, não dava pra não ter pelo menos um! O punk nacional, esse senhor quase quarentão, ainda mostra sua verve pura e rebelde através de seus apreciadores quarentões e cinquentões e os bem vindos jovens que mesmo com um olhar quase antropológico também amam o bom e velho rock!

Outro palco, a Roda de Rock 24 Horas, uma maratona de prazer para os ouvidos, repertório variado, mais leve e melódico, reunindo igualmente fãs desse ritmo visceral, intenso; lindo ver pessoas estranhas se abraçando ao som de Like a Rolling Stone de Robert Zimmermann (Bob Dylan), finalizando ao som de AC/DC, uma experiência sensorial. Como disse nosso querido Raulzito, rock é mais que um gênero é postura. Todos vamos envelhecer, mas ser velho é uma escolha! Vida longa ao rock’n roll!!
(Atualizado em 30/05/2017)


Estreia...

Este é o inicio de mais uma nova aspiração literária.... Aconselhado por amigos depois do blog de poesias românticas e eróticas Eros Falante  http://erosfalante.blogspot.com.br/ começo aqui minha experimentação como cronista, espero que curtam!  Namastê!!!