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Provavelmente uma das primeiras experiências de audioblog, além do texto aos poucos
todos terão ao seu final um link para o SoundCloud com o texto narrado! Curtam!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Na boiada não querermos ser boi...


Na boiada não querermos ser boi...

Vivemos querendo ser diferentes, originais, sair da rotina, marcar nosso espaço com nossa originalidade, nossa “diferença”, curiosamente o oposto do que fazemos na adolescência quando queremos ser igual ao nosso grupo. Mesmo adultos no dia a dia porém, somos iguais à maioria tentando ser diferentes, repetitivamente originais, nossa “rotina é o que fazemos todos os dias tentando sair da rotina”, já dizia Millor. Ser realmente original é pra poucos, arisco dizer que sai da normalidade, na maioria das vezes repetimos comportamentos, herdados ou observados. A tão cultuada vida moderna nos padroniza querendo ou não, a globalização também é de comportamentos. Levi Strauss morreu temendo isso, um peruano com hábitos holandeses, um espanhol com valores de vida orientais, uma pasteurização de culturas, mas não seria essa a verdadeira originalidade? Um japonês com calor latino?  Ou a latinidad com sutileza francesa? Acredito que nem as ciências humanas possam nos dar o caminho da originalidade, portanto melhor não perder tempo procurando ser original, o melhor mesmo é ser autêntico!

terça-feira, 15 de maio de 2012

O SABER E O QUERER


O SABER E O QUERER

Passamos a vida atrás de algumas coisas, felicidade, amor, atenção, realização e na maioria das vezes quando alcançamos já queremos outra coisa. É assim a roda da vida! Muitos dirão que é justamente essa insatisfação que nos motiva e que dá razão à vida. Será que essa eterna insatisfação não vem de um sentimento mais profundo, ou na verdade a falta dele, saber exatamente o que queremos. Sabemos o que queremos? Os homens desejam as louras e se casam com as morenas, se atraem pelas liberais e casam com as certinhas, ou adoram as comportadas e se unem a uma porra-louca. As mulheres querem ter família e tocam a vida profissional até o limiar da maturidade. Afinal o que queremos? O que nos move e satisfaz vem do íntimo ou do momento que vivemos? Sonhamos com um trabalho que nos de dinheiro e chegamos à maturidade vendo que passamos anos sendo infelizes no trabalho, mesmo conseguindo ser competentes. E a felicidade, que bicho é esse? Já ouvi por aí que a tal não existe, apenas momentos felizes, ou mesmo a letra do Paulo Milklos, “não existe o amor, apenas provas de amor”. Acredito que grande busca é realmente saber quem e o que somos!!

domingo, 13 de maio de 2012

Memória seletiva é isso que eu quero...


Memória seletiva é isso que eu quero...

Há pouco tempo li um livro que falava sobre a necessidade que nosso cérebro tem de esquecer, isso ocorre por duas razões basicamente; a priorização de fatos relevantes à nossa vida e à ótica que temos dela, e a suavização das emoções mais fortes principalmente as causadoras de dor. Pensando no nosso dia a dia, como sobreviveríamos à dor diária com a mesma intensidade do dia que sofremos uma desilusão amorosa, daquele amor definitivo? Da morte de mãe, ou de um filho?  Por mais lugar comum que seja, a natureza realmente tem sua sabedoria. Precisamos esquecer, esquecer pra poder lembrar, lembrar do que nos fez feliz, lembrar do que nos realizou, lembrar dos amores que mesmo não sendo eternos que nos deram tanto prazer e como disse o querido Vinicius foram eternos enquanto duraram, lembrar de pessoas especiais que passaram por nossa vida, lembrar que a vida material mais do que finita é curta, e ocupar nossa preciosa memória e lembranças com pensamentos ruins ou mesquinhos além de perda de tempo ocupa o espaço de pensamentos felizes e construtivos! 

terça-feira, 8 de maio de 2012

A nossa cronologia de cada dia...


A nossa cronologia de cada dia...

Engraçado, aos 20 anos ouvimos coisas sobre a idade, experiência e o passar dos anos e nos achamos quase que imortais, afinal os 30, os 40, os 60 estão tão distantes, quase uma miragem. Aos 30 com toda energia, e totalmente libertos das ordens parentais, somos o máximo, geralmente resolvidos financeira, emocional e sexualmente, ou pelo menos acreditamos nisso. Aos 40 já olhamos pelo retrovisor... afinal o que já fizemos, concretizamos, e o pior (ou melhor), o que desfizemos? Há o que refazer, ou melhor recomeçar? Amores desfeitos, filhos crescendo... muita vida pela frente, a hora da virada, novos projetos...  O que quero na segunda metade da vida além de saúde. Sim, a saúde!! O corpo já não tolera as peripécias dos 20, nem os abusos dos 30.

Aos 50, somos essencialmente práticos, não temos tempo para discussões sem fundamento, não temos tempo a perder com mágoas ou birras. Objetividade! Quero ou não quero, vou ou não vou, transo ou não transo. O tempo da sedução e conquista é quase telegráfico, e com sensibilidade aguçada, queremos intimidade, emocional, intelectual e sexo de qualidade. Aos 60 já não sei... acredito que a imagem do retrovisor seja muito profunda pra se ver tudo, no meu tempo e no tempo cronológico, mas uma nova ótica deve me aguardar com seu valor, projetos e planos, afinal sonhar é estar vivo.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Virada Cultural que vi... (2012)


A Virada Cultural que vi... (2012)

Foi bom ver revolucionários e rebeldes já com rosto marcado pelo tempo, cabelos grisalhos e ainda com a mesma atitude da juventude no show d’ As Mercenárias, homens e mulheres de cabelos longos, alguns acompanhados dos filhos e outros de filhos e netos. Até a banda, mesmo com o som “sujo” do rock rústico, estava mais melodiosa, ou talvez meus ouvidos também depois de algumas décadas estejam mais condescendentes. Surpreendentemente pouco baseado rolando, e um clima tranquilo mesmo sendo uma banda punk no palco, curioso ver letras decoradas pelos mais jovens com referências a pessoas que não conheceram e coisas que não viveram, mas que provocam um reboliço nas entranhas tal em seus pais.
Só um chapado caído, não dava pra não ter pelo menos um! O punk nacional, esse senhor quase quarentão, ainda mostra sua verve pura e rebelde através de seus apreciadores quarentões e cinquentões e os bem vindos jovens que mesmo com um olhar quase antropológico também amam o bom e velho rock!

Outro palco, a Roda de Rock 24 Horas, uma maratona de prazer para os ouvidos, repertório variado, mais leve e melódico, reunindo igualmente fãs desse ritmo visceral, intenso; lindo ver pessoas estranhas se abraçando ao som de Like a Rolling Stone de Robert Zimmermann (Bob Dylan), finalizando ao som de AC/DC, uma experiência sensorial. Como disse nosso querido Raulzito, rock é mais que um gênero é postura. Todos vamos envelhecer, mas ser velho é uma escolha! Vida longa ao rock’n roll!!
(Atualizado em 30/05/2017)


Estreia...

Este é o inicio de mais uma nova aspiração literária.... Aconselhado por amigos depois do blog de poesias românticas e eróticas Eros Falante  http://erosfalante.blogspot.com.br/ começo aqui minha experimentação como cronista, espero que curtam!  Namastê!!!