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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O mundo é feminino


O mundo é feminino

O mundo com certeza é, e pouco a pouco está se tornando cada vez mais feminino, não no sentido da sexualidade, mas da ótica feminina. As mulheres conseguem ter seriedade ao cuidar de suas responsabilidades e ao mesmo tempo ter uma leveza, que além de deixar melhor o fluxo das energias da própria atividade também tem uma melhor fluidez interna também, preservando na medida do possível a sua harmonia. Os homens tradicionalmente são mais herméticos, se permitem menos mudanças, menos liberalidades, e quando o fazem frequentemente extrapolam, daí os excessos da bebida, das discussões, da violência, da truculência social e claro no autoritarismo no trabalho ou ainda na ruptura das relações de respeito, onde tal qual a maioria dos machos, simbolicamente também precisam fazer seu "xixizinho" nos cantos pra marcar seu espaço. 

O homem com o tempo mudou muito pouco na sua relação com o mundo, continua como seus ancestrais das cavernas a determinar seu poder pelo território, somos de uma forma geral territoriais enquanto as mulheres são predominantemente sociais. Seu campo de domínio está no conhecimento, nas relações, e não na delimitação de espaço seja em que sentido for. Salvo raras exceções históricas, as sociedades e civilizações sempre foram patriarcais, sendo que o domínio se dava não pela conciliação de forças ou capacidades, mas pela imposição masculina através da supremacia física e pretensa superioridade nas demais áreas por conta disso. Algumas sociedades chegaram a usar o pretexto da determinação divina para o controle masculino. Durante todo esse tempo, praticamente até um século atrás isso pouco mudou, e as mulheres usaram esse tempo todo como coadjuvantes históricas, para além de suas características já favoráveis, também se melhorarem, incubarem uma forma de ser mais preparadas para mudanças, para lidar com diversas variáveis com o ritmo frenético que as coisas vem tomando. Agora já com o melhor equilíbrio na participação social e econômica elas realmente podem mostrar tudo o que incubaram ao longo desses séculos, enquanto os homens exceto um seleto grupo, mal conseguem lidar com a nova liberdade sexual delas. Nada disso é uma exaltação às mulheres ou à supremacia que vejo ocuparão em diversos campos sociais, mas uma constatação, o ideal é sempre o equilíbrio sem supremacia de um gênero ou outro, portanto nós homens temos um campo a recuperar, não no sentido de disputar alguma coisa, mas no sentido participativo e colaborativo que é o verdadeiro caminho da evolução da humanidade e das relações entre seus membros. De qualquer forma, um brinde a elas, que fora tudo o que são e conquistaram, são sem dúvida o encanto de nossas vidas!




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Rituais pra que?


Rituais pra que?

As civilizações tem grande parte da sua historia e de seus hábitos revelados pelos rituais que tinham, fossem religiosos, sociais, passagem de poder, de alimentação, colheita, integração e respeito à natureza, muitos deles permeando vários setores da vida. Curiosamente somente essa mesma historia foi e é capaz de produzir e explicar em certa medida os rituais, os "vivos" e os pouco praticados, quase esquecidos. Os rituais, ou pelo menos grande parte deles, existem grosso modo para dar relevância ou em alguns casos até justificativa divina para certos fatos, dão a esses fatos uma escala de valores, um momento da vida dos envolvidos com cores mais vivas, trazem em si um marco, fazendo-nos compreender a posteriori quais eram os valores e as relações sociais de uma determinada civilização ou nação. Vejo hoje que em algumas culturas os rituais praticamente são a própria cultura, a perda de alguns rituais de alguma forma também representa um esmaecimento da existência dessa mesma cultura, vemos isso notadamente entre as novas gerações de japoneses, que não dão valor ou não veem sentido em muitos rituais de sua terra natal, preferindo se ocidentalizar, em algumas localidades se comemora até o Natal como se fossem cristãos.
Os rituais de uma forma ampla dão identidade a um povo, pois dizem muito dos valores e forma de ver a vida, o mundo e a si mesmos, como indivíduos e como nação. Na minha historia pessoal sempre fui muito arredio a rituais, sempre vi como uma forma de controle e padronização social, de a sociedade nos encaixar num padrão, nos classificar; mas confesso que como ser social, que precisa dos outros pra viver, sinto falta dos rituais pra me sentir um ingrediente desse caldeirão chamado sociedade!


terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Como termina?


Como termina?

Existe um estereótipo em parte verdadeiro, de que nós homens não gostamos de terminar relações, vamos empurrando com a barriga até que a mulher não suporte mais e resolva terminar. Sendo assim, para realmente falar com conhecimento de causa, e usando a mim mesmo como objeto de análise, resolvi fazer um retrospecto da minha vida afetiva para ver minha situação frente a esse estereótipo e para minha surpresa fui eu que pus fim a maior parte dos meus relacionamentos, pra ser mais exato 75% deles, porém com uma ressalva, as relações principais seja pela intensidade, seja pelo tempo que duraram, não fui eu quem pos fim.  Isso me levou a algumas reflexões, será que nestes casos eu me encaixei nesse modelito estereotipado ou realmente via coisas que minhas companheiras não viam, ou o contrário não via o que elas viam? Difícil saber afinal as óticas masculina e feminina sobre diversas coisas são diferentes. Outra questão é o que de fato faz homens e mulheres entrarem, permanecerem e saírem de uma relação? Será que dá pra definir? Será que cada um de nós, homens ou mulheres conseguimos detectar isso? Ou ainda, será que queremos saber?  Eu sinceramente não sei se quero racionalizar minhas relações a esse ponto e acredito que esse comportamento mais característico masculino seja apenas a ponta do iceberg, provavelmente as mulheres também devem ter seus artifícios para prorrogar alguma relação desgastada ou exaurida.  Há uma palavra que permeia essa convivência o tempo todo, EXPECTATIVA. Nos últimos tempos essa palavra tem feito parte de muitas das minhas conversas, relativas a mim ou não! Na verdade acredito que vivemos o tempo da isenção, todos querem se isentar de tudo, de responsabilidade, de compromisso, de transtornos, e assim acabam se isentando de compartilhar, beijar, carinhar, ouvir, ser ouvido e até se isentarem de amar, mas tudo tem seu preço, melhor dizendo toda escolha tem seu preço, aí eu volto a uma coisa que vivo debatendo em diversas rodas, como vamos aprender ou evoluir se sempre queremos apenas o “mar de rosas”? Com toda essa  isenção inclusive de amor e paixão com certeza se sofre menos, mas cá entre nós, que tédio! Vamos pensar se não estamos idealizando demais ou infantilizando nossas relações...