E a vida o que é?! Diga lá meu irmão...
Sabemos que a vida é efêmera, instável e frágil por sua
própria natureza, basta observar. Ao mesmo tempo é renitente surge nos lugares
mais improváveis e inóspitos. Numa fenda do asfalto surge um pequeno ramo, que
em sua perseverança poderá ser um arbusto, esse mesmo ramo com uma simples e
inadvertida pisada pode deixar de existir. Assim também a vida humana, hoje
jovens, evoluindo, futuro a realizar e desbravar, num infortúnio defrontar-se
com uma arma em sua frente e um despreparado a empunhá-la. Acabou-se uma vida,
foram-se planos...
Frágil... frágil diante da arrogância, diante do despreparo,
diante da negligência e truculência.
Hoje caminhando junto à família de Ricardo Aquino, com amigos em comum, com
demais amigos, familiares, famílias de outras vítimas anônimas ou quase anônimas,
conhecidos e centenas de desconhecidos; solidários, inconformados, indignados, e
uma coisa, um sentimento em comum nos unia além da compaixão, o da fragilidade
da vida diante de quem deveria protegê-la.
Isso traz a reflexão das banalidades que deixamos que ocupem
nosso precioso tempo, das picuinhas, dos pequenos problemas que giram em torno
do nosso umbigo, aproveitemos a presença de quem amamos, sejamos e façamos
alguém feliz, sejamos práticos, solidários e amantes, não somente no sentido
sexual, mas no sentido mais amplo possível da palavra, amar nossas mulheres, irmãos,
namoradas, mães, filhos, amigos, amar a vida... e acima de tudo amar a nós
mesmos, pois só conseguimos dar o que temos.
Um brinde à vida!