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todos terão ao seu final um link para o SoundCloud com o texto narrado! Curtam!

domingo, 29 de julho de 2012

E a vida o que é?! Diga lá meu irmão...


E a vida o que é?! Diga lá meu irmão...

Sabemos que a vida é efêmera, instável e frágil por sua própria natureza, basta observar. Ao mesmo tempo é renitente surge nos lugares mais improváveis e inóspitos. Numa fenda do asfalto surge um pequeno ramo, que em sua perseverança poderá ser um arbusto, esse mesmo ramo com uma simples e inadvertida pisada pode deixar de existir. Assim também a vida humana, hoje jovens, evoluindo, futuro a realizar e desbravar, num infortúnio defrontar-se com uma arma em sua frente e um despreparado a empunhá-la. Acabou-se uma vida, foram-se planos...

Frágil... frágil diante da arrogância, diante do despreparo, diante da negligência e truculência.  Hoje caminhando junto à família de Ricardo Aquino, com amigos em comum, com demais amigos, familiares, famílias de outras vítimas anônimas ou quase anônimas, conhecidos e centenas de desconhecidos; solidários, inconformados, indignados, e uma coisa, um sentimento em comum nos unia além da compaixão, o da fragilidade da vida diante de quem deveria protegê-la. 

Isso traz a reflexão das banalidades que deixamos que ocupem nosso precioso tempo, das picuinhas, dos pequenos problemas que giram em torno do nosso umbigo, aproveitemos a presença de quem amamos, sejamos e façamos alguém feliz, sejamos práticos, solidários e amantes, não somente no sentido sexual, mas no sentido mais amplo possível da palavra, amar nossas mulheres, irmãos, namoradas, mães, filhos, amigos, amar a vida... e acima de tudo amar a nós mesmos, pois só conseguimos dar o que temos.  Um brinde à vida!


quarta-feira, 25 de julho de 2012

A vida continua


A vida continua

O tempo é o senhor do destino... Poucos ditos populares são tão certeiros!  Cura mágoas, assenta animosidades, traz o esquecimento, e por vezes traz razão, traz clareza, elucida!  O calor de determinados momentos da vida nos cega, chegamos a ser donos da verdade, o distanciamento que o tempo proporciona tira a venda dos nossos olhos, realmente precisamos do tempo. Conseguimos ver pequenos e grandes erros, alguns podem ser reparados, outros já se perderam no tempo, suas consequências já causaram seus prejuízos, não há volta somente arrependimento.  Lamentamos... é o natural do primeiro momento! Porém o sol continua a nascer todos os dias, e a vida continua... Já que o tempo não volta, aproveitar a experiência é o que vale; já dizia minha avó, cometa novos erros porque cometer os mesmos é burrice.  Muitos e geralmente os mais graves erros nos provocam perdas de coisas e pessoas importantes que passaram pela nossa vida. Apelando pra filosofia de boteco, aquilo que é seu um dia volta pra você, se não voltar é porque nunca foi seu! So go ahead!!


sábado, 21 de julho de 2012

A cidade grande e suas facetas...


A cidade grande e suas facetas...

Sou paulistano, e moro em São Paulo, simplesmente adoro essa cidade, morei poucos anos fora daqui, senti muita falta. A imponência, o arrojo, a inovação, a dinâmica, as dimensões... a cidade que não dorme, toda essa gente indo sempre a algum lugar seja noite ou dia, essa fauna urbana que me fascina, tudo é variedade e abundância, tudo é normal. Mas nem tudo na verdade é normal, como tudo a vida minha querida cidade tem sua faceta cruel, mesmo sabendo da existência das mazelas, dar de frente com elas é outra coisa. Indo a uma reunião de trabalho cortei caminho pela “boca do lixo” me deparei com viciados de crack, largados pela calçada, literalmente sub seres humanos, disputando um colchão urinado e apodrecido pra se sentar... mulheres jovens com aparência envelhecida seminuas e muito longe de qualquer sinal de vaidade, homens como verdadeiros trapos humanos. Alguns dividiam as pedras, outros disputavam seu quinhão de morte em formato de pedra a ser fumada. Submundo, vida completamente marginal, a menos de 2 quilômetros do icônico teatro municipal, a 500 metros de alguns restaurantes tradicionais de classe média.  Literalmente ignorados por todos, sociedade e poder público, pessoas passando pra lá e pra cá ignorando esses seres solenemente como se fossem parte da paisagem e não gente.  




terça-feira, 17 de julho de 2012

Feridas...


Feridas...

Emoções fortes, marcantes quando passam pela nossa vida deixam feridas que demoram a fechar, depois de cicatrizadas tranquilizamos, nos sentimos seguros. Cicatrizes superficiais sensíveis podem reabrir a um mero toque e nem nos damos conta, uma mera música pode ser um punhal a romper essa cicatriz; uma lembrança ou uma foto podem provocar dor tal qual uma pressão num hematoma que não vemos por estar escondido sob a roupa, mas ele está lá. Feridas ou hematomas precisam de tempo pra se curar, não há como acelerar, o tempo que leva é o tempo necessário. Lembranças, músicas, fotos... sempre vamos pensar, ouvir em algum lugar, rever... A questão é o que fazer!? Abafar o sentimento, apertar o coração, passar a borracha; ou deixar guardadinho pra um dia recuperar o que foi perdido, deixado pelo caminho? Temos todo esse poder mesmo ou nosso subconsciente faz tudo e achamos que decidimos alguma coisa?  Complexo e quase óbvio... O certo é que há algumas coisas, pessoas, momentos, fatos que são parte da nossa história, mas há outras que além de história são parte de nós sempre, da nossa mente da nossa carne, podem se desligar de nós fisicamente, mas metafisicamente nunca, estão sempre em nós e em algum momento da vida voltam porque no fundo nunca saíram.


quinta-feira, 12 de julho de 2012

Roda Viva


Roda Viva

“A gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá”.  O equilíbrio é uma coisa delicada, acabamos sempre pendendo pra uma coisa ou outra, o clássico no meu caso e de muitos que conheço é razão versus emoção. Sempre fui mais racional, cerebral, movido pela lógica, nunca dei muito espaço para o emocional e muito menos para a passionalidade exacerbada e os poucos momentos que a emoção se apossou do meu consciente me senti fraco, sem poder sobre mim mesmo; talvez por momentos de grandes perdas que exaurem a nossa capacidade de comoção. Desequilíbrio, palavra forte, que pode simplesmente ser um desajuste, e também pode ser um desarranjo letal para nossa vida ou parte importante dela.

Hoje ouvi que todos dentro do seu equilíbrio próprio, tem seu predomínio emocional ou racional, quando abandonamos esse equilibro próprio, seja por descuido, seja pra nos aproximar ou ajudar um amigo ou pra reagir a alguma coisa ou situação adversa, o primeiro sintoma desse desequilíbrio de energia é a perda financeira. Isso explica muita coisa não é mesmo? Principalmente o que geralmente está sob os nossos olhos e não vemos, se vemos não entendemos daí é encrenca na certa. Portanto olho vivo e faro fino para as interferências e centremo-nos pra não perder o equilíbrio!!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Complicados e perfeitinhos!


Complicados e perfeitinhos!

Nós homens costumamos atribuir às mulheres a complexidade de comportamento nos relacionamentos. Mas não somos tão simples como gostamos de parecer, na verdade não há uma preferência masculina padrão, somos muito diferentes dentro dessa aparente padronização do macho, e nem temos um estereótipo masculino para esse ou aquele determinado tipo de mulher, os durões, intelectuais, os descolados, os sensíveis, todos podem querer uma mulher sensível, passional, prática ou até fútil (há quem goste, e não são poucos...).  A química de uma relação não tem uma lógica, ou melhor, até tem, mas envolve tantas variáveis que a análise excessiva acaba tirando o encanto e a magia da coisa.  O fato é que o melhor de toda a história é a diferença, e todo o jogo que fazemos. É conquistar, seduzir, cada um com seus recursos, talentos e fraquezas... e o melhor uso que fazemos disso tudo, mesmo quando ambos os lados já sabem aonde o outro quer chegar... Mulheres, continuem sendo essas figuras mágicas e encantadoras que nos enfeitiçam, nos irritam, nos atraem e literalmente viram nossa cabeça!!!

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Lá se vão os anéis, um dia todos irão...


Lá se vão os anéis, um dia todos irão...

Lá se vão os anéis... ficam os dedos. Expressão usada figurativamente, e na grande maioria das vezes em tom de deboche, quando bate à nossa porta é quase inacreditável. Simplesmente não acreditamos, não queremos e não admitimos cair de padrão de vida, quanto mais chegar ao fundo do poço, é um símbolo da nossa incapacidade, incompetência ou algum erro grosseiro. Será mesmo? Onde está escrito que todo mundo vai ter sucesso? Ou ainda mais... Que os bem sucedidos nunca caíram ou tiveram seus momentos de “fundo do poço”? Embora soe como balela, o que precisamos mesmo é de desapego, de valores equivocados, de excessiva valorização do ter. Não estou pregando que viremos todos franciscanos, e sim que o ter esteja subordinado ao ser e não o contrário. O fundo do poço, e outros tantos reveses servem e devem ser encarados como aprendizado, sempre... Fácil?? Não, com certeza... é com certeza o pior aprendizado, mas o mais eficiente, o que se aprende pela dor não se esquece! Portanto passado o choque, o colapso, a crise... aprendamos!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Midlife crisis


Midlife crisis

“O SENHOR pode me dar licença?”, “E aí TIO, beleza?” expressões meio assustadoras para quem como eu já passou dos 40 e já está à beira dos 50 quando ouvimos pela primeira vez... Mas são a constatação falada e ouvida de que o tempo passou, assim como já devemos ter feito com outros quarentões quando éramos jovens. Mas como passou? Até outro dia estávamos numa sala de aula na faculdade no auge dos nossos 20 anos, cheios de planos, cheios de vida, cheios de inocência, hormônios fervendo. Mas lá se vão 20, 30 anos, e agora muitos de nossos filhos estão nesse papel...  Mas que meia idade é essa de inicio de século 21...? com certeza diferente da de nossos pais. Nossos planos profissionais vão muito mais longe tanto em tempo de atividade como a vontade de ser produtivo, assim como a expectativa de vida;  muitos ainda planejam ter mais filhos, um vigor e atividade sexual impensáveis para um homem de meia idade dos anos 60. Que meia idade é essa? Longe de ser um símbolo de decadência, de descer a ladeira da vida é um renascimento, para a maioria um lado fênix desconhecido que aflora, novas expectativas, novos valores e em muitos casos como o meu, novos amores, um, dois... quantos vierem e que sejam livres, leves, verdadeiros, sem papas na língua, intensos e eternos enquanto durem!!

domingo, 1 de julho de 2012

CICLOS


CICLOS

A vida passa e por vezes nos esquecemos de que tudo na vida é cíclico inclusive ela própria. Ultimamente se propaga aos quatro ventos que a mudança é importante, é necessária, estimula o desenvolvimento, a criatividade etc, etc, e quase ninguém se lembra de que existem ciclos, muitas vezes resultantes justamente dessas mudanças, afinal depois de tantas mudanças chegamos a um momento que estamos reiniciando alguma coisa, intelectual, emocional, profissionalmente ou tudo ao mesmo tempo. Então estimulemos e façamos as mudanças, afinal pedra que não rola cria limo, e mais que isso, estejamos preparados para os novos ciclos da vida. Eles inevitavelmente vem, estejamos preparados ou não, por vezes suaves nos elevando, nos levando a alçar voos maiores, mais altos, progredir, crescer; e por vezes são tsunamis que arrasam tudo, destroem convicções, relações, desestruturam a vida financeira e profissional, matam uma vida afetiva saudável. Sejamos, pois nesses momentos os japoneses do nosso mundo interior, que resignação, perseverança, determinação, tenacidade, objetividade sejam as palavras de ordem.