A dissocialização...
Hoje no Metrô fiquei a pensar com meus botões, o carro sem
dúvida é um conforto, para muitos uma conquista, um símbolo de progresso social e da individualidade. O transporte público por sua vez nos propicia conhecer maior número de pessoas, perceber a diversidade e observar o comportamento
humano, um verdadeiro estudo psico-socio-antropológico. É uma verdadeira
miscigenação social, se é que isso existe. Se vê literalmente de tudo, todo tipo de pessoas, todos
juntos; se não interagindo pelo menos se olhando, se ouvindo, reconhecendo
outros universos, outros códigos. É uma forma de os diferentes se aproximarem, e por vezes interagirem,
num modelo de sociedade cada vez mais pelo indivíduo e menos pelo coletivo.
Sinto falta da minha infância e adolescência, não só pelas lembranças mas também de um momento quando a escola pública tinha esse papel,
socializar, integrar os diferentes... Hoje observo que cada estrato social estuda em um
tipo de escola, cada um com seus iguais, se criam crianças alheias às
diferenças sociais, étnicas, econômicas e culturais, o resultado: adolescentes e adultos intolerantes, cada vez mais, sentindo o diferente como uma ameaça. O
transporte público de certa forma ainda faz e resgata essa socialização, não integralmente,
mas o faz.
Creio que 30 ou 40 anos atrás com menos acesso a escolas privadas (ou escolas públicas mais eficientes na sua função) e menos transporte individual, a sociedade era mais tolerante, era possível os diferentes se reconhecerem e conviverem desde criança e cotidianamente.
A escola em que estudei, vivi e convivi era uma sociedade em miniatura, onde convivíamos meninos, meninas, brancos, negros, orientais, pobres, ricos. Em salas em que estudei tive colegas filhos de favelados e filhos de diplomatas, uma amostra da sociedade literalmente, muito mais do que só um local de transmissão de conhecimento. Precisamos, governos e sociedade, repensar essa segregação velada que poucos estão se dando conta.
Creio que 30 ou 40 anos atrás com menos acesso a escolas privadas (ou escolas públicas mais eficientes na sua função) e menos transporte individual, a sociedade era mais tolerante, era possível os diferentes se reconhecerem e conviverem desde criança e cotidianamente.
A escola em que estudei, vivi e convivi era uma sociedade em miniatura, onde convivíamos meninos, meninas, brancos, negros, orientais, pobres, ricos. Em salas em que estudei tive colegas filhos de favelados e filhos de diplomatas, uma amostra da sociedade literalmente, muito mais do que só um local de transmissão de conhecimento. Precisamos, governos e sociedade, repensar essa segregação velada que poucos estão se dando conta.
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