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Provavelmente uma das primeiras experiências de audioblog, além do texto aos poucos
todos terão ao seu final um link para o SoundCloud com o texto narrado! Curtam!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Liv & Ingmar


Liv & Ingmar

O cinema é feito justamente para nos encantar, seja pelo lúdico, pelo choque de valores, seja pela consciência, seja pelo humor ou singeleza. Acabei de assisti Liv & Ingmar... Simplesmente fascinado!  Não há outra palavra. Tanta complexidade de uma relação a dois retratada com tanta simplicidade e sentimento, dos olhares iniciais, pensamentos não revelados, a observação, a admiração, toques, palavras. Uma relação tão entranhada em si mesma e na grandeza humana dos dois, ao mesmo tempo fugaz, sentimento de amor, paixão, desejo, tudo isso misturado transcendendo a tudo que é palpável e compreensível nessa existência terrena, um amor misturado à amizade, uma amizade que nunca deixou de ser amor! Não há como descrever com palavras algo assim, uma sinergia, como duas pessoas podem se amar tanto de várias formas?
Foi possível ouvir choros e suspiros do público, risos emocionados, comoção, desejo de viver o que estava na tela...
Um simplesmente sabe quando o outro carece da sua presença, da sua companhia. Mesmo para aqueles que não se ligam na espiritualidade é uma ligação que ultrapassa a normalidade, se é que podemos determinar isso. Ligação sem explicação, carinho, troca, raiva, mágoas, sonhos, cumplicidade, amadurecimento.  Tudo pode ser uma grande ilusão, a razão, os sentimentos, as sensações, a plenitude, afinal a experiência de vida de cada um é única, e daí...  O filme traz em si uma determinação nas entrelinhas... Sejamos e façamos alguém feliz... afinal de que vale a vida sem essa busca?


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SERÁ QUE A VIDA É UM PLAY?


SERÁ QUE A VIDA É UM PLAY?

Ando meio estarrecido, pra onde caminhamos nas nossas relações afetivas? Existe uma analogia, mais ou menos de senso comum, que a vida é como uma escola, um aprendizado constante, seja pela ótica sociológica ou espiritual. O que vejo é que estamos indo à escola somente pra a hora do recreio, relações superficiais, somente namoro, somente o mar de rosas, fácil né? e onde fica o aprendizado? Não estou pregando qualquer namoro tenha que virar uma relação estável necessariamente, que devamos procurar problemas ou curtir sofrimentos, mas eles fazem parte da nossa evolução pessoal e da evolução das relações, relações sólidas, com cumplicidade no sentido mais puro e amplo que a palavra possa ter, relações de companheirismo de vida, de compartilhamento de experiências, carinhos, sexo até a idade que for possível.  Será que não estamos empobrecendo nossas relações em nome de uma dita modernidade. Claro que há o livre arbítrio para que se viva só, afinal as pessoas não são iguais, cada um tem seu foco e sua idealização de felicidade, mas o ser humano em sua natureza é gregário, é social, feito pra viver junto.
Tão estarrecedor pra mim também, é o habito que temos de criar compartimentos de tempo na vida pra isso ou aquilo, sem dúvida que devemos ter foco, mas excluir coisas importantes e reconfortantes e muitas vezes saudáveis, não acredito que seja a saída, as oportunidades aparecem e como um cavalo selvagem temos raramente mais de uma oportunidade de selá-lo, encantá-lo e montar. Surgiu uma grande oportunidade profissional, arrisque, surgiu uma pessoa especial, se jogue... Pode dar errado? Claro que pode... e é no imponderável que está a graça da vida, e sendo repetitivo, é aí que está nossa oportunidade de crescimento e evolução sem contar que será uma vida realmente vivida...


domingo, 2 de dezembro de 2012

DO QUE É FEITA A SAUDADE?


DO QUE É FEITA A SAUDADE?

Estive pensando, pensando demais até como é meu hábito, o que é a saudade... Não uma definição de dicionário, mas uma definição refletida dentro das relações, especificamente homem-mulher. Sentimos essa saudade de várias formas ou digamos sempre de um "item” de maneira mais forte. Muitos podem torcer o nariz, mas a saudade que eu mais sinto é a sexual, não que o sexo seja tudo e essa foi a grande reflexão, a saudade principal é da coisa mais essencial,  da convivência, do compartilhar, do dia a dia, das palavras de carinho, do carinho físico propriamente dito, do companheirismo e cumplicidade para curtir os momentos de felicidade e ser o porto seguro da companheira nos momentos tristes, ou ter esse porto seguro quando precisamos, vibrar com os sucessos do companheiro, brigar quando não se concorda sempre respeitando esse ser que entrou na nossa vida para nos ensinar. E onde entra o sexo nessa historia?  É a essência química disso tudo... o sexo é uma overdose de tudo o que vivemos com a pessoa através da convivência, são alguns minutos que concentram sensações de tudo o que se vive com a pessoa, não por acaso quando a convivência não é tão boa o sexo também não é tão bom e por vezes nem acontece mais, porque não há mais o que celebrar, não há convivência a condensar nesse momento! Saudade é complexa e ao mesmo tempo simples, é cerebral e orgânica, isso mesmo a saudade dói fisicamente. A saudade é necessária mesmo nos pequenos afastamentos, sinal que temos uma grande interação com nosso par, relação sem saudade não é saudável!