A Virada Cultural que vi... (2012)
Foi
bom ver revolucionários e rebeldes já com rosto marcado pelo tempo, cabelos
grisalhos e ainda com a mesma atitude da juventude no show d’ As Mercenárias,
homens e mulheres de cabelos longos, alguns acompanhados dos filhos e outros de
filhos e netos. Até a banda, mesmo com o som “sujo” do rock rústico, estava
mais melodiosa, ou talvez meus ouvidos também depois de algumas décadas estejam
mais condescendentes. Surpreendentemente pouco baseado rolando, e um clima
tranquilo mesmo sendo uma banda punk no palco, curioso ver letras decoradas
pelos mais jovens com referências a pessoas que não conheceram e coisas que não
viveram, mas que provocam um reboliço nas entranhas tal em seus pais.
Só um chapado caído, não dava pra
não ter pelo menos um! O punk nacional, esse senhor quase quarentão, ainda
mostra sua verve pura e rebelde através de seus apreciadores quarentões e
cinquentões e os bem vindos jovens que mesmo com um olhar quase antropológico
também amam o bom e velho rock!
Outro palco, a Roda de Rock 24
Horas, uma maratona de prazer para os ouvidos, repertório variado, mais leve e
melódico, reunindo igualmente fãs desse ritmo visceral, intenso; lindo ver
pessoas estranhas se abraçando ao som de Like a Rolling Stone de Robert Zimmermann
(Bob Dylan), finalizando ao som de AC/DC, uma experiência sensorial. Como disse
nosso querido Raulzito, rock é mais que um gênero é postura. Todos vamos
envelhecer, mas ser velho é uma escolha! Vida longa ao rock’n roll!!
(Atualizado em 30/05/2017)
Poética a sua visão, Carlos. Gostei muito!
ResponderExcluir;-)
Em geral eu tenho essa visão da cidade, da sua história, do seu povo!!
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