Na boiada não querermos ser boi...
Vivemos querendo ser diferentes, originais, sair da rotina,
marcar nosso espaço com nossa originalidade, nossa “diferença”, curiosamente o
oposto do que fazemos na adolescência quando queremos ser igual ao nosso grupo.
Mesmo adultos no dia a dia porém, somos iguais à maioria tentando ser
diferentes, repetitivamente originais, nossa “rotina é o que fazemos todos os
dias tentando sair da rotina”, já dizia Millor. Ser realmente original é pra
poucos, arisco dizer que sai da normalidade, na maioria das vezes repetimos
comportamentos, herdados ou observados. A tão cultuada vida moderna nos
padroniza querendo ou não, a globalização também é de comportamentos. Levi
Strauss morreu temendo isso, um peruano com hábitos holandeses, um espanhol com
valores de vida orientais, uma pasteurização de culturas, mas não seria essa a
verdadeira originalidade? Um japonês com calor latino? Ou a latinidad
com sutileza francesa? Acredito que nem as ciências humanas possam nos dar o
caminho da originalidade, portanto melhor não perder tempo procurando ser
original, o melhor mesmo é ser autêntico!
Isso é verdade, tentamos ser iguais mais diferentes haha. Na adolescência o “must” é usar a cor do seu grupinho, o preto para os roqueiros, o colorido para os clubbers, o rosa para as patricinhas e por aí vai. E então quando crescemos, e entramos no mercado de trabalho, o “must” passa a ser se vestir como uma executiva, com saltos, maquiagem impecável, cabelo arrumado e um bom perfume. Mas não dá pra negar que a sociedade nos impõe muitas regras, limitações e conceitos que mesmo inconscientemente nós fazemos e passamos para nossos filhos. Às vezes você tem o cabelo cacheado e não quer alisar, e se sente diferente por isso, mas em relação a outras coisas você continua copiando e tentando ser aceita. Eu acredito que ser completamente diferente é muito difícil, sempre esbarramos no que a sociedade vai achar, e moldamos nossa decisão nisso. Pode não ser a todo tempo, mas na maior parte dele. Como você mesmo diz no post, o melhor mesmo é ser autêntico, é ser verdadeiro naquilo que você passa. Não ser diferente não tem problema, sendo você mesmo, é o que vale. Dê risada mesmo, brinque, pule...se isso é faz parte da sua essência, faça!!
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