História de amor digital...
Tempos modernos, sentimentos antigos, relíquias tecnológicas!
No tempo dos meus avós, dos meus pais, se guardava a história de um amor em
cartas com papel amarelado pelo tempo, um amarradinho com várias delas, cartas
com a tinta começando a borrar; no meio delas algumas poesias muito inspiradas,
originais ou copiadas de algum poeta. No meio de algum caderno ou livro antigo
pétalas de rosas desidratadas pelas páginas, recebidas no aniversário ou algum
dia dos namorados, discos de vinil com alguns riscos e a capa restaurada a Durex.
Algumas fotos tão amarelas quanto comoventes, registro de felicidade. Agora no século
21, em lugar das cartas guardamos e-mails e histórico de comunicadores
instantâneos, pelo menos aqueles que não deletamos intempestivamente em algum
momento de irritação, no lugar dos discos de vinil anexos mp3, no lugar das
fotos impressas, fotos digitais em jpg, no lugar da pétala guardada, um gif
animado de um ramalhete de rosas, e ainda uma vantagem guardamos os bate-papos
do dia a dia, o bom dia carinhoso, o elogio ou declaração de amor no meio do
dia, o boa noite tranquilizador e aconchegante, as piadinhas e chamegos.
Quase ia me esquecendo do celular, embora mais efêmeros os SMS’s tiram sorrisos
nos momentos mais inesperados, um beijo teleguiado, um convite romântico, ou
apimentado. Como tudo na vida as
relações mudam, as pessoas mudam, novas gerações chegam, os recursos mudam, a
tecnologia estabelece novos padrões, mas o amor continua sempre... adormecido
por momentos, mas vivo, latejante!
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