A cidade grande e suas facetas...
Sou paulistano, e moro em São Paulo, simplesmente adoro essa
cidade, morei poucos anos fora daqui, senti muita falta. A imponência, o
arrojo, a inovação, a dinâmica, as dimensões... a cidade que não dorme, toda
essa gente indo sempre a algum lugar seja noite ou dia, essa fauna urbana que
me fascina, tudo é variedade e abundância, tudo é normal. Mas nem tudo na verdade é normal,
como tudo a vida minha querida cidade tem sua faceta cruel, mesmo sabendo da
existência das mazelas, dar de frente com elas é outra coisa. Indo a uma
reunião de trabalho cortei caminho pela “boca do lixo” me deparei com viciados
de crack, largados pela calçada, literalmente sub seres humanos, disputando um
colchão urinado e apodrecido pra se sentar... mulheres jovens com aparência
envelhecida seminuas e muito longe de qualquer sinal de vaidade, homens como
verdadeiros trapos humanos. Alguns dividiam as pedras, outros disputavam seu
quinhão de morte em formato de pedra a ser fumada. Submundo, vida completamente
marginal, a menos de 2 quilômetros do icônico teatro municipal, a 500 metros de alguns
restaurantes tradicionais de classe média.
Literalmente ignorados por todos, sociedade e poder público, pessoas
passando pra lá e pra cá ignorando esses seres solenemente como se fossem parte
da paisagem e não gente.
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